terça-feira, janeiro 30, 2007

Sessão: de volta a SP


Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero de amor
Fique mais
Que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem
Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa, sou macumbeira
Eu sou de paz, eu sou do bem, mas...
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Mas não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só

Não me deixe só
Vanessa da Mata


Fonte: Flickr! www.flickr.com Foto by Zoubys

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Minas é um outro estado de espírito


É. E amanhã me despeço dessa terra de gente e lugares bonitos...
Fonte: Flickr www.flickr.com Foto by Nil!

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Vamos celebrar a estupidez humana...


Falamos aqui de coisas que todo mundo sabe.
A engenharia civil brasileira, sua expertise na utilização do concreto, em obras de arte e infraestrutura, não deve nada para as melhores do mundo.
O Consórcio executor das obras do metrô é formado pelas maiores construtoras do Brasil.
O Corpo técnico do Metrô paulista compõem-se e contrata especialistas para a execução do projeto e especificações.
Entretanto nada disso pôde, quis ou conseguiu se contrapôr à uma lógica dominante. A lógica dominante tem seu própio ritmo. A lógica dominante tem suas próprias formas de contratos e sub-contratos, é irresponsável e dilui responsabilidades. A lógica dominante nem sempre reúne condições para a escolha da boa-técnica da engenharia, apesar de travestir-se numa roupagem altamente tecnológica, distante, superior e burocrata.
A lógica dominante exige, obviamente, os menores prazos conjugados com os menores custos, nem sempre permitindo que haja o tempo da revisão de propostas, das análises mais profundas, da reflexão, ou da adoção das mesmas.
A lógica dominante não tem nada a ver com as pessoas, usuários ou cidadãos. Ela não processa essas informações. A lógica dominante não é Paulista ou Brasileira ela é subproduto de um modelo de pensamento global. Mas em geral no Brasil e em particular em São Paulo, ela assume tendências um tanto quanto sado-masoquistas, autofágicas e autodestruidoras,parece que ela quer se provar pior que o pior. Reprodução excludente, barata e clichê de Capitalismo. É a fusão de uma era de descontinuidade fragmentada com um pensamento que nunca quis se integrar, era único, independente, sempre teve mais à ver com as elites do exterior do que com uma idéia de país. Afinal, a culpa quando São Paulo não anda, ou é da incompetência dos nordestinos ou da roubalheira de Brasília. Não é mesmo?
De vez em quando acontece uma merda federal dessas.Morre gente.
E todo mundo se entreolha pensando: de quem ou, em quem vamos botar a culpa.
Mas para essa lógica dominante, alguém olha?

Fonte : Inspirado na reportagem deste mês da revista Carta Capital http://www.cartacapital.com.br/edicoes/2007/01/428/autofagia-a-paulista
A Foto é de Victor Caivano / AP da mesma reportagem.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Prahalad: A Riqueza na base da Pirâmide


O mapa acima demonstra, por países (alguns faltam dados), a porcentagem de pessoas vivendo com menos de um dólar diário. Caso adicionassemos mais um dólar à esta medida, contaríamos, em números brutos, com 4 bilhões de pessoas vivendo com menos de 2 dólares diários.
Pobreza e desigualdade não são, obviamente, exclusivas do sistema capitalista. Entretanto, dentro deste sistema, estas mazelas crescem aceleradamente e tem sido o subproduto mais cruel do modelo hegemônico neoliberal de privatização global dos últimos 30 anos.

Observemos o gráfico de distribuição de atividade economica global abaixo:

Cada faixa horizontal representa 1/5 exatamente igual da população global, (aproximadamente 1,3 bilhões de pessoas). A figura em negro representa a díspare atividade econômica global. O quinto superior mantém em seu poder 82,7% do PIB mundial, 81,2% do comércio mundial, 94,6% dos empréstimos financeiros, 80,6% da poupança e 80,5% do investimento mundiais. No quinto inferior as porcentagens são 1,4%, 1,0%,0,2%,1,0% e 1,3% para os mesmos indicadores.
O Coeficiente de Gini (uma escala de 0 a 1 para medição de desigualdade, sendo 1 o coeficiente máximo de desigualdade) aponta os índices globais de 1960 (0,69) e 1989 (0,87). Atualmente, acredita-se que o coeficiente de Gini mundial deva estar na casa de 0,9. Desta maneira, apesar das ínumeras políticas, parece inantingível o primeiro dos objetivos do milênio propostos pela Nações Unidas para 2015: Reduzir pela metade a quantidade de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 por dia.
Coimbatore Krishnarao Prahalad, professor da Universidade de Michigan- Ross School of Business, acredita numa solução heterodoxa para o problema da pobreza mundial: O lucro.
É o que ele argumenta no seu último livro, publicado em 2004: -A riqueza na base da pirâmide, erradicando a pobreza através do lucro (Editora Bookman / Wharton School Publishing - Leitura recomendada!).
C.K. Prahalad não é um especialista em pobreza e desigualdade, entretanto é um dos maiores, senão o maior e mais respeitado especialista mundial em estratégia corporativa (sua enfâse é em mercados emergentes e inovação). Seu modelo de core-competences formulado em 1990 em conjunto com Gary Hamel, já se tornou, há muito, parte do status quo curricular das escolas de administração e das análises dos boards das grandes empresas. O modelo contrapõe-se ao modelo Porteriano das 5 forças(presente no livro Estratégia Competitiva) da suposta lenda viva da Harvard Business School.
Prahalad nasceu em Madras na Índia, o mais velho de 9 filhos de um juiz de sânscrito. Aos 19 foi administrador de uma fábrica local da Union Carbide. Depois de passar pelo IIMA (Instituto Indiano de Administração de Ahmedabad) , e por Harvard e estabeleceu-se posteriormente como Professor da Universidade de Michigan. Prahalad é o terceiro colocado na lista dos Thinkers 50 da Suntop Media, que elegeu em 2005 os mais importantes pensadores da administração mundial. Na frente dele estão Bill Gates e Michael Porter.
A teoria de Prahalad é extremamente instigante pois combina a lógica lucrativa e superexploradora do capitalismo (excludente e geradora de pobreza) e seu uso para a extinção da mesma, à meu ver, algo como a serpente comendo o própio rabo.
Prahalad propõe que empresas, governos e ongs parem de pensar em boa parte dos pobres como vítimas indefesas e comecem à pensar neles como empreendedores criativos e com tremenda capacidade de sobrevivência /resiliência. Eles são também consumidores exigentes que demandam valor agregado. Ele esclaresce que este é um mercado extremamente mal atendido, e que existem benefícios tremendos para multinacionais que escolherem servir estes mercados de uma maneira que atenda suas necessidades, criando modelos de negócios customizados e locais.

Um exemplo interessante que combina tecnologia e mercados da base da pirâmide, apresentado na The Economist em agosto de 2005, é o mercado crescente de microcrédito no Sul da Asia, em particular, na Índia. Com a tecnologia se tornando cada vez mais barata e presente, está economicamente viável e eficiente emprestar montantes de dinheiro(US$100) cada vez menores, para um número cada vez maior de pessoas com relativamente quase nenhum ativo fixo.
Outros exemplos de empreendedores da base da pirâmide podem ser vistos em Bombaim, São Paulo, Xangai ou em qualquer grande cidade do mundo emergente. São pessoas que ganham dinheiro vendendo porções unitárias de remédios, shampoos e produtos de higiene (as marcas são todas importadas como Lever,Colgate,etc..), pessoas que vendem ligações telefônicas unitárias de um mesmo cartão, gente que cobra centavos para passar folhas de fax, ou vendem acesso temporário à internet via um celular pré-pago. O importante são preços míseros, por produtos com qualidade. Operadoras de celular e planos de saúde indianos já pegaram o recado. Lá o minuto de celular custa 2 centavos de dólar e uma operação cardíaca de marcapasso custa US$1.500.
A teoria é extremamente interessante e possuí alta correlação com a realidade, entretanto, confesso me sentir mais confortável idealizando um caminho da erradicação de pobreza que considere os pobres como produtores e não como consumidores.
Entretanto, é possível que estes mercados sejam o único futuro das corporações multinacionais.

Fontes: www.wikipedia.org, www.thinkers50.com, http--www.uni-hohenheim.de-i490a-lectures-M5101-m5101_1.pdf ;http://www.unmillenniumproject.org/reports/;http://www.businessweek.com/magazine/content/06_04/b3968089.htm

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Belo Horizonte de tarde...


...
Fonte:http://www.flickr.com/ Foto by Implicitu

terça-feira, janeiro 09, 2007

Eu sou apaixonado pela Diane Keaton


Eu sou apaixonado pela Diane Keaton .Não entendo como todo homem não é.
Meu pai pode achar engraçadinha a Goldie Hawn, mas não dá comparar ela com a Diane Keaton.
Diane Keaton é uma das 10 melhores pessoas do mundo!
Eu sou apaixonado pela Diane Keaton.
Porque em 68 ela atuava no Hair na Broadway. E em 68, ela se recusou a interpretar sem roupa.
Porque como qualquer descendente de napolitanos não consigo esquecer a cena em que Kay revela a Michael Corleone o aborto intencional, em o Poderoso Chefão parte 2.
Porque Woddy Allen, quando a namorava, fez um filme dedicado à ela: Annie Hall (Noivo neurótico Noiva nervosa) em que ela ganhou o Oscar. Annie (apelido de Diane) e Hall é o ultimo nome de Diane Keaton Hall. Woody Allen explorou ao máximo a personalidade engraçada, ansiosa, auto-depreciativa, neurótica, muito inteligente, sensual e a joie de vivre de Diane.
Eu sou apaixonado pela Diane Keaton, Warren Beaty também já foi.
Em Reds, Beaty reservou-lhe o papel de Louise Bryant uma jornalista que larga o marido para viver com John Reed (Beaty) e cobrir o Revolução Russa.
Sou apaixonado por ela, pois ela fez um filme bobo nos anos 80, mas muito meigo, chamado Baby Boom, sobre uma executiva que se vê as voltas com uma bebêzinha.
Sou apaixonado pela Diane Keaton.
Porque ela é feminista de uma maneira que se perdeu nos 70's.
Porque ela se veste como se fosse um dândi do século XIX, com capotes, coletes coloridos, gravatas e fedora hats.
Porque ela anunciou publicamente em 2001 que desistiu de romances e do mito do amor romântico.
Porque nem vou falar de Alguém tem que ceder onde ela, para meu deleite, aparece nua.
Porque ela foi mãe adotiva aos 50.
Porque a L'oreal a escolheu para ser garota propaganda de 2006.
Porque ela é blogueira e escreve no blog político de oposição ao atual governo americano : The Huffington Post.

Mas principalmente porque linda, maravilhosa e no auge da carreira em 77, ela estrelou o filme que mais gosto dela: Looking for Mr. Goodbar (À procura de Mr. Goodbar).
Pra mim este é um filme que toda mulher devia ver.



Fonte: www.wikipedia.org

Burle Marx era paulistano, como se pode ver...

“Somos multidões de anônimos que não convivemos, mas confrontamo-nos diariamente, com cada vez maior agressividade, para conquistar um espaço para morar, para se locomover, para se divertir. E, para ter um pouco de paz, silêncio, tentamos ignorar os vizinhos, trancamo-nos em casulos. Não desfrutamos a vida urbana, sendo que há cada vez menos o que desfrutar.”
Burle-Marx

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Sessão Segundona

Look at all those fancy clothes
But these could keep us warm just like those
And what about your soul, is it cold?
Is it straight from the mold and ready to be sold?
And cars, and phones, and diamonds rings, bling bling
Those are only removable things
And what about your mind, does it shine?
Or are those things concerned you, more then you time?
Gone going, gone everything, gone give a damn
Gone, be the birds, when they don´t want to sing
Gone people, all awkward with their things, gone
Look at you out to make a deal
You try to be appealing but you lose your appeal
What about those shoes you´re in today, they´ll do no good
On the bridges you burnt along the way, oh...
You willing to sell anything, gone with your hurt
Leave your footprints, we´ll shame them with our words
Gone people, all careless and consumed, gone
Gone going, gone everything gone give a damn
Gone be the birds, when they don´t want to sing
Gone people, all awkward with their things, gone...

Gone
Jack Johnson

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Da Série: Amici mei


Sérgio, Padovan e Sazon.
Grandes amigos. No começo dos 90's, quando rodávamos tudo no mesmo carro a cumplicidade do nosso quarteto chegou à tomar ares de seita. Uma seita levemente profana talvez.
Nossa amizade, entretanto, é uma coisa bem séria pra mim.
Um Brinde à vcs tb.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

André Geraissati



Voltei pra BH ontem. De carro. Estrada vazia à tarde. As 8 horas inteiras fui ouvindo um cd do André que tenho e se chama Dagdad. Ouviria mais 8. E vendo a paisagem do sul de Minas, então...os morros, as casas, as vilas, a gente...
Mantras profundos e universais saem desse violeiro do sertão como se fosse um conversar com a noite estrelada na Fazenda. E sentados estamos no pé de uma árvore imensa.

Comece seu ano me fazendo um favor. Escute.

Música: Vento
Disco: Next
http://www.cafemusic.com.br/cd.cfm?album_id=37
e depois clique na setas à direita de info.

Ps: Ouça tb Fazenda(7989), Solitude(Dagdad) e todas.