terça-feira, março 20, 2007
sexta-feira, março 16, 2007
quinta-feira, março 15, 2007
Pudim Arte Brasileira
3 Xícaras de ideologia
1 Colher, de sopa, de Ècole de Paris
1 Lata de definição temática, gelada e sem sôro
1 Pitada de exarcebação de cor
1 Índio, pequeno, ralado
Com o olhar retrospectivo e a ideologia prepare uma calda e quando grossa junte-lhe a Ècole de Paris, sem mexer. em repouso, bata um pouco a definição teática, junte-aos demais ingredientes e leve ao fogo em banho-maria em forma caramelada.
Cobertura para a Arte Brasileira
Misture 1.1/2 Xicara de função social com 5 colheres, de sopa, de vitalidade formal e leve ao fogo brando até dourar; retire do fogo, junte mais 2 colheres, de sopa, de jogos mercadológicos e sacuda um pouco a frigideira para misturar muito bem; não se deve mexer c/ a colher.
Deixe esfriar, cubra o pudim e sirva gelado.
Regina Silveira
Publicado em: Revista Qorpo Estranho, 1977
terça-feira, março 13, 2007
J. S. Bach: BWV 1007
Diferentemente das sonatas para violino, nenhuma partitura original das suítes para violoncelo de 1720-21 foi encontrada assinada por Bach. Desta obra –prima para o cello, segue como prova autêntica, apenas um manuscrito copiado por Anna Magdalena Bach Wilken, segunda esposa, com quem Bach teve um casamento feliz e treze filhos. Anna Magdalena, era filha de organista e uma excelente soprano que Bach dirigiu algumas vezes no Coral de Cothen. É sabido que Anna Magdalena transcrevia partituras para Bach e é tida correta sua participação na escrita da Ária de Variações Goldberg BWV 988. Especulações recentes, que ainda não foram levadas à sério pela intelligentsia da música clássica, atribuem à ela a escrita das 6 suítes para Cello.
Para mim me conforta pensar que esta suíte gentil e sofisticada, que mais me parece descrever uma corte, uma sedução, ou ainda uma relação sexual, só pode ter sido mesmo escrita por uma mulher.
A versão anexa transcrita para o violão, é interpretada por Peo Kindgren. É a que me parece mais adequada para esta tarde, mas obviamente não se compara a original. Caso não a conheçam, recomendo.
segunda-feira, março 12, 2007
Marshall Rosenberg e a Comunicação Não Violenta
Cito Rosenberg novamente : "Entendi que a grande falha da comunicação está justamente em apontar problemas nos outros – em vez de olhar o que eles causam em nós. A comunicação começa quando expressamos nossos sentimentos. Não fazemos isso porque achamos que ficamos vulneráveis. Mas só assim criamos um relacionamento baseado na sinceridade. A partir do momento que as pessoas falam o que precisam, em vez de falarem o que está errado com os outros, o entendimento aumenta."
sexta-feira, março 09, 2007
Alice Brill
Filha do artista plástico alemão Erich Brill, morto prematuramente em campo de concentração na 2.ª Guerra Mundial, e da jornalista Marte Brill, autora do livro "Schmelztiegel", sobre a saga que a trouxe ao Brasil - tardiamente publicado na Alemanha em 2002 -, Alice migrou para o Brasil em 1934 com sua mãe, aos 13 anos, para escapar do nazismo.
Decidida a abraçar o ofício paterno, já em 1940 passou a freqüentar o Grupo Santa Helena. Em seguida, com bolsa de estudos, cursou desenho, pintura, escultura, gravura, fotografia, história da arte, literatura e filosofia nos EUA. Entre seus mestres no Brasil, estão Paulo Rossi Ozir e Aldo Bonadei, do Santa Helena, Yolanda Mohaly, Poty e Hansen Bahia. Sua longa carreira resultou em mais de cem exposições individuais e coletivas (como a I Bienal de São Paulo em 1949) no Brasil e Exterior. E mais de 10 importantes prê-mios.
A artista também foi fundadora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), do Clube dos Artistas e Amigos da Arte de São Paulo, da Associação Brasileira de Pesquisadores em Arte. Formada em Filosofia Pura pela PUC/SP em 1975, fez mestrado e doutorado em Estética na USP. Publicou três livros: "Mário Zanini e seu Tempo" baseado no mestrado (Ed. Perspectiva, 1984), "Da Arte e da Linguagem" (Ed. Perspectiva, 1988) e "Flexor" (1990), além do capítulo sobre Artes Plásticas em "O Expressionismo" (org. Jacó Guinsburg, Ed. Perspectiva, 2002). A tese de doutorado "Viagens Imaginárias - transformação de uma técnica milenar em linguagem contemporânea", sobre o batik(pintura em tecido de origem javanesa), permanece inédita."