segunda-feira, novembro 27, 2006

Anna Politkovskaia




Na quinta feira passada, morreu envenenado com polônio (mateiral radioativo) numa cama de hospital em Londres o ex-tenente coronel da FSB (antiga KGB) Alexander Litvnenko (
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/6163502.stm ).Residia em Londres exilado desde 2001 quando fugiu da Rússia de Putin e publicou o livro "Blowing up Russia: Terror from Within", no qual sustenta que a própria FSB, e não os tchechenos, estava por trás das explosões dos blocos de apartamentos em setembro de 1999 (http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/3389895.stm). Durante e após sua carreira de espião Litvenko teve relações próximas com atores importantes da atual crise geopólítica russa, tais como: O ex-presidente Boris Yeltsin (foi secretário de segurança do seu mandato),O suspeito magnata Boris Berezovsky (também exilado em Londres e seu patrocinador), foi colega de Valdimir Putin quando este também era coronel da FSB, com a Máfia Russa, rebeldes Tchechenos e líderes da Al Quaeda como Ayman al - Zawahiri.
Trabalhava em estreita colaboração também com Anna Politkovskaia (foto), e investigava sua morte ocorrida em outubro passado, antes de ele próprio falecer.
Anna Stepanovna Politkovskaia, (Nova Iorque, 30 de agosto de 1958 — Moscovo, 7 de Outubro de 2006) foi uma jornalista russa conhecida pela cobertura crítica à guerra na Tchetchénia e ao governo do presidente Vladimir Putin.
Anna Politkovskaia nasceu na cidade de Nova Iorque devido ao fato dos seus pais (de origem ucraniana) serem diplomatas na Organização das Nações Unidas (ONU). Anna foi enviada de volta para a Rússia pelos pais, onde realizou os seus estudos. Em 1980 formou-se em jornalismo pela Universidade Estatal de Moscou. Iniciou a sua carreira no jornal Izvestiya.
Em 1998 visitou a Tchetchénia pela primeira vez enquanto jornalista do Obshchaya Gazeta. Desde 1999 era jornalista do Novaya Gazeta, bissemanário independente russo. Foi nesse época que se iniciou a segunda guerra na Tchetchénia, que Politkovskaia cobria com relatos sobre as dificuldades enfrentadas pela população civil e sobre abusos cometidos pelas autoridades russas durante o conflito.
Em Fevereiro de 2001 foi detida no sul da Tchetchénia pelo exército russo sob acusação de ter obtido informações secretas. Oito meses depois refugiou-se em Viena, depois de ter recebido por correio eletrônico várias ameaças de um policial russo que Politkovskaia acusou ter cometido abusos.
Em Outubro de 2002 foi uma das mediadoras na crise do teatro Dubrovka gerada quando um grupo de rebeldes da Tchetchénia sequestrou um grupo de pessoas que assistia a uma espectáculo (que terminou em mais de 100 mortos). Em Setembro de 2004 tentou ser mediadora voluntária no caso da escola de Beslan, na Ossétia do Norte, mas ficou doente tendo sido levada para um hospital de Rostov-on-Don onde lhe foi diagnosticado um envenenamento. Politkovskaia afirmou que não tinha ingerido nada naquele dia, a não ser o chá que lhe foi servido durante o vôo.
Anna Politkovskaia foi assassinada à tiros em 7 de Outubro de 2006 em Moscou. O seu corpo foi descoberto por uma vizinha no elevador do prédio no qual habitava.
Desde 1999, 40 jornalistas foram assasinados na Rússia de Vladimir Putin.

Fonte:
Human Rights Watch
www.hrw.org
BBC
http://www.bbc.co.uk/
Wikipedia
http://www.wikipedia.org

1 Comments:

Blogger Cristina Caetano said...

Talvez o fato mais louco que achei foi ele ter sido envenenado fora da Rússia e a Grã Bretanha se acha capaz de conter o terrorismo?...e pk estava investigando a morte da jornalista.
Ela sobreviveu ao envenenamento, teria sido uma morte sutil, não foi, então... "que morra a tiros"!!!
O caso de Beslan foi chocante, a invasão dos militares russos à escola foi inexplicável, mas aconteceu numa aldeia russa, já foi há muito tempo e a maioria nem lembra mais do que aconteceu e os poucos que se importam, são assassinados. Mundinho cão, o nosso, não é mesmo?

Se a maioria não está nem aí para o que acontece aqui, imagina acontecendo em outro país... :(

8:51 PM  

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